Ao autorizar o concurso para procurador, na quinzena passada, o Ministério do Planejamento, além de atender necessidade básica, deu indício de que atenderá aos demais pleitos, todos justos, do Banco Central (BC): 150 vagas de técnico, de nível médio e 350 de analista, de nível superior, além de outras seleções, até 2013.
O Planejamento ficou de manifestar-se a partir de abril, conforme o comportamento da arrecadação, mas a resposta só pode ser positiva, como tem sido para outras áreas igualmente estratégicas, casos, por exemplo, dos ministérios da Educação, da Fazenda, da Justiça e da Integreção Nacional.
O BC não pode ser fragilizado, principalmente quando o Brasil sofre as consequências da crise financeira global, que poderá ainda demorar um bom tempo. No entanto, o banco, embora pague vencimentos razoáveis, vem perdendo quadros importantes para a iniciativa privada - mais generosa e sempre precisando de pessoal altamente qualificado -, e também precisa repor as aposentadorias. Somente este ano, 850 servidores alcançarão a idade necessária para passarem à inatividade.
Note-se que a substituição adequada em áreas especializadas requer tempo para transmissão do conhecimento, uma das razões para que os concursos solicitados não sejam protelados.
A sociedade pede austeridade aos governantes, ainda mais em momentos difíceis, como o atual, mas o Banco Central é um dos setores em que não se pode economizar. Seria a chamada "economia burra", aquela que acaba resultando em prejuízo. O 'sim' do Planejamento, portanto, é inevitável. A curtíssimo prazo.(Folha Dirigida)
segunda-feira, 9 de março de 2009
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