terça-feira, 12 de maio de 2009

Reunião entre professores e Governo termina sem avanços

Não houve acordo na reunião de negociação entre professores da rede estadual em greve e representantes do Governo do Estado, nesta terça-feira (12). Após protesto pelas ruas de Belém, os servidores foram recebidos pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças, José Júlio Ferreira Lima, e representantes da Seduc (Secretaria de Estado de Educação). Sem avanços nas negociações, a greve dos servidores, que já dura oito dias, continua por tempo indeterminado.
De acordo com Eloy Borges, coordenador geral do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará), nenhuma das reivindicações da categoria foram atendidas. 'O Governo mantém a proposta de reajuste de 6% e não é isso que queremos', disse Borges. Os professores reivindicam aumento de 30% em cima do salário base. Com o reajuste, o salário passaria para R$1.132.
Na extensa pauta também estão o plano de carreiras e remuneração e melhores condições de trabalho. 'Nós queremos que as escolas sejam reformadas e que sejam equipadas com materiais que possibilitem educação tecnológica, como tvs e data shows', disse Mateus Ferreira, diretor do sindicato.
Além de exigirem novas posturas do governo com relação a pauta de negociação da categoria, os profissionais contestaram a demissão de temporários sem a chamada de concursados e a revogação do distrato de temporários.
José Julio Lima explicou que a revogação foi necessária para que algumas escolas não ficassem sem aulas. Sobre a chamada de concursados ele ressaltou que está obedecendo a um processo de substituição dentro das limitações do orçamento, além de contemplar determinação do Ministério Púbico. Ele garantiu ainda que a chamada de concursados continua na agenda do governo, principalmente, na área de educação. Os casos de escolas que tiveram problemas com falta de profissionais estão sendo avaliados para correção.
José Julio também esclareceu que os direitos trabalhistas dos demissionários serão respeitados e garantidos dentro da legalidade. Sobre os itens econômicos da pauta, o governo reforçou que as possibilidades limites do orçamento do estado são os índices de 12,05% para o nível operacional, de 9% a 10% para o médio e de 6% a 7% para o nível superior.
Na reunião de hoje, o secretário José Júlio informou, também, que o reajuste no auxílio alimentação só poderá ser concedido em setembro, quando a arrecadação fiscal do Estado tende a melhorar. Durante a reunião foi formada uma comissão para analisar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos professores.
Ato público -
Cerca de mil servidores realizaram, na manhã de hoje, um ato para forçar uma negociação com o Governo do Estado. A caminhada começou na Praça Santuário e terminou em frente à sede da Sepof.
Desde o dia 6 de maio, cerca de dez mil servidores da educação estadual paralisaram as atividades. Só na Região Metropolitana de Belém, 300 escolas estão sem aulas.(ORM)

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